quarta-feira, 29 de abril de 2009
"A arte do descanso é uma parte da arte de trabalhar"
É bom poder sair do nosso cantinho...
esquecer por dias ,completamente , as "rasteiras "do nosso quotidiano!...
Nada saber deste país à beira-mar afogado!
O regresso aconteceu e bem...
Para os amigos virtuais um cheirinho de uma outra primavera e algumas guloseimas....
esquecer por dias ,completamente , as "rasteiras "do nosso quotidiano!...
Nada saber deste país à beira-mar afogado!
O regresso aconteceu e bem...
Para os amigos virtuais um cheirinho de uma outra primavera e algumas guloseimas....
(vale a pena aumentar as imagens....)
terça-feira, 21 de abril de 2009
O Rafael e o simbolismo da data.... Foi há 10 anos!
Sinto-me muito feliz por trazer para aqui o Rafael e se ele se visse aqui, também ia gostar!
O fotógrafo apanhou-o como quase sempre vivia , alheado, sempre longe... Já era assim nas aulas! Não era muito feliz , mas se o era seria à sua maneira.
Vivia a labuta diária de uns pais que moravam em Queluz e tinham um pequeno café na Graça.
Dormia pouco, logo aprendia de menos... Fez-me cansar muito para que atingisse os tais objectivos mínimos....
Os nossos olhares eram de uma enorme cumplicidade ,para o bem e para o mal... Mas quando o bem acontecia... como sinto saudades dos seus olhos!
Neste dia sei que até estava contente. A festa tinha sido grande e muito bonita. Meninos de nove anos a dramatizarem em teatro de sombras a história do fascismo até ao dia da revolução dos cravos! Era o 25º aniversário do 25 de Abril!
O Rafa , assim era chamado, tem hoje 19 anos! Por onde andará???
Um destes dias vou saber.
O fotógrafo apanhou-o como quase sempre vivia , alheado, sempre longe... Já era assim nas aulas! Não era muito feliz , mas se o era seria à sua maneira.
Vivia a labuta diária de uns pais que moravam em Queluz e tinham um pequeno café na Graça.
Dormia pouco, logo aprendia de menos... Fez-me cansar muito para que atingisse os tais objectivos mínimos....
Os nossos olhares eram de uma enorme cumplicidade ,para o bem e para o mal... Mas quando o bem acontecia... como sinto saudades dos seus olhos!
Neste dia sei que até estava contente. A festa tinha sido grande e muito bonita. Meninos de nove anos a dramatizarem em teatro de sombras a história do fascismo até ao dia da revolução dos cravos! Era o 25º aniversário do 25 de Abril!
O Rafa , assim era chamado, tem hoje 19 anos! Por onde andará???
Um destes dias vou saber.
Em Abril ,a música e a poesia sairam à rua!
"Onde estava quando se deu o 25 de Abril?"
Estou quase de abalada para uns dias diferentes que mais tarde partilharei….
È o lugar do sonho… aonde malgrée la crise… as ruas são belas para passear e estar…nos intervalos de uns roteiros culturais!
Mas…
Bem, não vou estar para comemorar, no caloroso colectivo lisboeta, os 35 anos do glorioso 25 de Abril… mas sei que por lá, onde vou estar, terei uma festinha a condizer…
Contudo, como a vida é feita de história e nós aqui vamos deixando algo de nós quase todos os dias, vou responder àquela pergunta de Baptista-Bastos.
“Aonde estava quando foi o 25 de Abril’”?
Pois eu estava, perdoem-me a expressão, “no cu de judas”… vulgo conhecido por Lugar do Paço. Ultima aldeia do distrito de Lisboa, entre Lourinhã e Peniche, onde fui colocada no meu 1º ano de serviço, como professorinha de uma escola com 42 meninos/as!
Das vidas destes meninos com vida de escola e trabalho na agricultura, não vou falar, é demasiado pesado para mim ainda hoje! Eu também era uma candidata a senhorita…e os meus alunos mais velhos tinham 14 anos e frequentavam o 2ºano de escolaridade….e por aí ficaram! Como era complicado o meu relacionamento e o desconhecimento daquela realidade… como me desenvencilhei de tal tarefa, ainda hoje estou para saber…
Vivia na casa do soba da terra, analfabeto, mas com carta de condução…. e que me conduzia religiosamente à sexta-feira à estrada , muito agarradinho ao seu Chevrolet , para apanhar o expresso para Lisboa, senão teria que fazer cinco Km a pé.
O meu dia a dia era da escola , que não tinha luz eléctrica, mas que à igreja não faltava, para casa , sem conviver, onde me deitava, lia e ouvia música num pequeno rádio portátil, PHILIPS esperando pelo dia seguinte… e fervorosamente o fim de semana!
Também era uma recém-casada… Amor à vista, só ao fim de semana que às vezes fazia antecipar para uma sexta-feira… mas sempre com medo de faltar à escola pois havia um PIDE que trabalhava no forte de Peniche e cujo filho era meu aluno… e pensava em retaliação…queixa, inspecção… eu sei lá o quê….
Todas as manhãs ouvia as notícias, mas no dia 25 , o meu companheiro PHILIPS… só tocava música de bandas militares e a voz de Luís Filipe Costa, penso que era ele, ia fazendo os avisos de acalmia e que “dentro de momentos”… haveria um comunicado… tudo estranho!
Vim para a rua. Uma aluna corre para mim, -“professora, há guerra em Lisboa… “fulanos “ , que iam para o Canadá ,voltaram porque o aeroporto estava fechado… “…
Estava a ficar maluca… Um ou dois telefonemas, pois isso era um luxo e fiz-me á estrada, seriam uns cinco quilómetros a pé até à estrada onde passaria o Expresso que hipoteticamente sairia de Peniche , apesar dos conselhos contrários e amedrontados da minha colega, eu tinha que ir para “a guerra” e o meu “amado” também por lá estava…
Eis senão quando, a meio do meu percurso, chega um “carocha” com o meu D. Quixote a salvar a sua Dulcineia, da ignorância…e do susto!
Com todos os cuidados fomos estrada fora, com entrada pela zona saloia, Mafra , onde tudo me parecia bizarro… ver soldados bem dispostos, se mi expostos nas suas chaimites e com a exibição de cravos vermelhos… e boa disposição!
Depois, foi a história que todos vivemos e que sempre recordamos ou recordaremos enquanto a nossa geração existir….
Se tiveram a paciência de chegar até aqui, grata pela partilha!
E vivam com força o dia 25 pois para o 1ª de maio já estarei para convosco estar!
È o lugar do sonho… aonde malgrée la crise… as ruas são belas para passear e estar…nos intervalos de uns roteiros culturais!
Mas…
Bem, não vou estar para comemorar, no caloroso colectivo lisboeta, os 35 anos do glorioso 25 de Abril… mas sei que por lá, onde vou estar, terei uma festinha a condizer…
Contudo, como a vida é feita de história e nós aqui vamos deixando algo de nós quase todos os dias, vou responder àquela pergunta de Baptista-Bastos.
“Aonde estava quando foi o 25 de Abril’”?
Pois eu estava, perdoem-me a expressão, “no cu de judas”… vulgo conhecido por Lugar do Paço. Ultima aldeia do distrito de Lisboa, entre Lourinhã e Peniche, onde fui colocada no meu 1º ano de serviço, como professorinha de uma escola com 42 meninos/as!
Das vidas destes meninos com vida de escola e trabalho na agricultura, não vou falar, é demasiado pesado para mim ainda hoje! Eu também era uma candidata a senhorita…e os meus alunos mais velhos tinham 14 anos e frequentavam o 2ºano de escolaridade….e por aí ficaram! Como era complicado o meu relacionamento e o desconhecimento daquela realidade… como me desenvencilhei de tal tarefa, ainda hoje estou para saber…
Vivia na casa do soba da terra, analfabeto, mas com carta de condução…. e que me conduzia religiosamente à sexta-feira à estrada , muito agarradinho ao seu Chevrolet , para apanhar o expresso para Lisboa, senão teria que fazer cinco Km a pé.
O meu dia a dia era da escola , que não tinha luz eléctrica, mas que à igreja não faltava, para casa , sem conviver, onde me deitava, lia e ouvia música num pequeno rádio portátil, PHILIPS esperando pelo dia seguinte… e fervorosamente o fim de semana!
Também era uma recém-casada… Amor à vista, só ao fim de semana que às vezes fazia antecipar para uma sexta-feira… mas sempre com medo de faltar à escola pois havia um PIDE que trabalhava no forte de Peniche e cujo filho era meu aluno… e pensava em retaliação…queixa, inspecção… eu sei lá o quê….
Todas as manhãs ouvia as notícias, mas no dia 25 , o meu companheiro PHILIPS… só tocava música de bandas militares e a voz de Luís Filipe Costa, penso que era ele, ia fazendo os avisos de acalmia e que “dentro de momentos”… haveria um comunicado… tudo estranho!
Vim para a rua. Uma aluna corre para mim, -“professora, há guerra em Lisboa… “fulanos “ , que iam para o Canadá ,voltaram porque o aeroporto estava fechado… “…
Estava a ficar maluca… Um ou dois telefonemas, pois isso era um luxo e fiz-me á estrada, seriam uns cinco quilómetros a pé até à estrada onde passaria o Expresso que hipoteticamente sairia de Peniche , apesar dos conselhos contrários e amedrontados da minha colega, eu tinha que ir para “a guerra” e o meu “amado” também por lá estava…
Eis senão quando, a meio do meu percurso, chega um “carocha” com o meu D. Quixote a salvar a sua Dulcineia, da ignorância…e do susto!
Com todos os cuidados fomos estrada fora, com entrada pela zona saloia, Mafra , onde tudo me parecia bizarro… ver soldados bem dispostos, se mi expostos nas suas chaimites e com a exibição de cravos vermelhos… e boa disposição!
Depois, foi a história que todos vivemos e que sempre recordamos ou recordaremos enquanto a nossa geração existir….
Se tiveram a paciência de chegar até aqui, grata pela partilha!
E vivam com força o dia 25 pois para o 1ª de maio já estarei para convosco estar!
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Hoje...e quase sempre!
Boa semana...
Não resisti em "usurpar" este pensamento magnífico para os tempos que correm, ao blogue OUTRA MARGEM...
De não ter juízo algumjá tirei dois benefícios,
De não ter juízo algumjá tirei dois benefícios,
não fazer economias nem meter-me em sacrifícios.
Agostinho da Silva
Agostinho da Silva
domingo, 19 de abril de 2009
Domingo cumprido e comprido...
Estamos na recta final de mais um domingo onde tanto ficou por fazer... há coisas que acontecem mas só tardiamente se sabem!
Andava à espera do Sol! Apareceu tímido e frio... mas fui ao seu encontro no meu pedestreanismo militante.
Máquina fotográfica na mão e lá fui guardando coisas de que gosto de encontrar. Tinha decidido não comprar nenhum jornal... mas á última da hora e já fim de tarde lá trago o " Jornal de Notícias"... só ainda vi a revista e em boa hora , pois o artigo de António Pina, versava mesmo a sua relação com os jornais , que começa há tempo a ser a minha.. e não sou nem nunca fui jornalista, apenas uma adicta de jornais ."A maior parte das vezes dou uma vista de olhos nos jornais e deixo-os. Outras, compro-os e não chego a lê-los. Ao fim de quarenta anos de jornais, sabendo como se fazem e quem os faz, é difícil não ser céptico em relação aos jornais...."(JN)
Mas o que andava já há dois dias a mexer com a minha cabecita,,, era o poema de Antero de Quental, As Fadas, pelo qual me apaixonei há uns anos, quase decorei, recitei e serviu boas causas... Agora saiu uma nova edição, daí a minha lembrança e por isso aqui deixo um cheirinho...
As fadas… eu creio nelas!
Umas são moças e belas,
Outras, velhas de pasmar…
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, à beira do mar…
Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer…
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder….
(excerto do livro AS FADAS de Antero de Quental)
Com ilustrações muito bonitas da Contexto e Imagem. Ainda existirá???
Andava à espera do Sol! Apareceu tímido e frio... mas fui ao seu encontro no meu pedestreanismo militante.
Máquina fotográfica na mão e lá fui guardando coisas de que gosto de encontrar. Tinha decidido não comprar nenhum jornal... mas á última da hora e já fim de tarde lá trago o " Jornal de Notícias"... só ainda vi a revista e em boa hora , pois o artigo de António Pina, versava mesmo a sua relação com os jornais , que começa há tempo a ser a minha.. e não sou nem nunca fui jornalista, apenas uma adicta de jornais ."A maior parte das vezes dou uma vista de olhos nos jornais e deixo-os. Outras, compro-os e não chego a lê-los. Ao fim de quarenta anos de jornais, sabendo como se fazem e quem os faz, é difícil não ser céptico em relação aos jornais...."(JN)
Mas o que andava já há dois dias a mexer com a minha cabecita,,, era o poema de Antero de Quental, As Fadas, pelo qual me apaixonei há uns anos, quase decorei, recitei e serviu boas causas... Agora saiu uma nova edição, daí a minha lembrança e por isso aqui deixo um cheirinho...
AS FADAS
As fadas… eu creio nelas!
Umas são moças e belas,
Outras, velhas de pasmar…
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, à beira do mar…
Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer…
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder….
(excerto do livro AS FADAS de Antero de Quental)
Com ilustrações muito bonitas da Contexto e Imagem. Ainda existirá???
sábado, 18 de abril de 2009
Pobre M.Hulot...
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Bom fim de semana...
Sabedoria popular e da minha mãe :"nâo há amor como o 1º, enquanto não vier o segundo e o terceiro..." Contraria o espírito da canção, mas vou ´gostar dela até morrer! Cada amor é como se fosse sempre o primeiro! Há dias assim.... de pinga....É só mais uma forma de recriar o Sol, que parece chegar só domingo!
Bom fim de semana !
O entardecer que sonhámos!
Gostaria de estar nas nuvens....
Sentir-me perfeitamente nas nuvens , nem sempre é sinal de bem estar... é ausência e alguma incomodidade. Hoje é assim , ámanhã logo se vê... Gostaria que o meu estar fosse tão belo como as nuvens que pairam neste meu Mar!
MAR
Dizem que o mar enrola na areia.
Digo que o teu corpo enrola no meu!
E desfaço-me em nuvens de espuma…
MAR
Dizem que o mar enrola na areia.
Digo que o teu corpo enrola no meu!
E desfaço-me em nuvens de espuma…
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Pranzo di Ferragosto ou Almoço de 15 de Agosto, o filme
Quando soube que o filme Almoço de 15 de Agosto ia estrear no cinema King, pensei que iria falar dele pela 2ª vez! Em Novembro, em blogue amigo onde colaborei , fiz um pequeno historial dos filmes que ia vendo no ESTORIL FILM 08.
Este foi um dos que mais me encantou e aconselho vivamente aos que puderem, a não perder!
Gianni, o argumentista e actor principal, reproduz uma simpática e ternurenta estória da sua própria vida ,como ele na altura do festival contou.
Gianni é um folgazão de meia-idade que mora num velho edificio no centro de Roma , com a sua velha mãe ,uma aristocrata empobrecida que o controla em absoluto! Muitas dívidas e um condomínio com pagamentos super atrasados...
Numa tarde em meados de Agosto, numa sequência de imprevistos obriga Gianni a enfrentar
um almoço de 15 de Agosto, com mais três velhas senhoras...além da sua mãe..
A não perder!
Este foi um dos que mais me encantou e aconselho vivamente aos que puderem, a não perder!
Gianni, o argumentista e actor principal, reproduz uma simpática e ternurenta estória da sua própria vida ,como ele na altura do festival contou.
Gianni é um folgazão de meia-idade que mora num velho edificio no centro de Roma , com a sua velha mãe ,uma aristocrata empobrecida que o controla em absoluto! Muitas dívidas e um condomínio com pagamentos super atrasados...
Numa tarde em meados de Agosto, numa sequência de imprevistos obriga Gianni a enfrentar
um almoço de 15 de Agosto, com mais três velhas senhoras...além da sua mãe..
A não perder!
Bestiário
Será que ainda me vou penitenciar???
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Uma partida sem retorno, Mestre José Franco.
Por aqui, pelo Sobreiro, fui feliz e ajudei gente miúda a ser feliz!
Gente de palmo e meio que ficou a saber o que era uma aldeia e o que gira à sua volta , sem nunca terem saído da cidade ... Era assim quando fazíamos os nossos passeios saloios....
Tinha-me esquecido dessa fase da vida , mas que a morte do Mestre me fez relembrar!
É a vida!
Gente de palmo e meio que ficou a saber o que era uma aldeia e o que gira à sua volta , sem nunca terem saído da cidade ... Era assim quando fazíamos os nossos passeios saloios....
Tinha-me esquecido dessa fase da vida , mas que a morte do Mestre me fez relembrar!
É a vida!
A cantiga é uma arma
Ainda a propósito do tema A cantiga é uma arma, ´José Mário Branco , autor deste tema, numa entrevista que deu ao Público em 2004, disse:" Pertenço a uma geração anterior ao pós - modernismo, em que nós aprendemos que, ligada a qualquer estética, há sempre uma ética. Quando me perguntaram no princípio dos anos 80, "Você é um cantor de intervenção?" eu disse: "Somos todos cantores de intervenção". Marco Paulo é um cantor de intervenção.Intervém á sua maneira e eu intervenho à minha. Agora, não me venham dizer que aquilo é neutro. Não há neutralidade possível quando se está a falar para milhares de pessoas. Está ali um tipo a dizer umas palavras, a tomar umas atitudes e, portanto, a transmitir modelos que levam á reprodução do sistema social como ele está, ou pôr em causa esse sistema social e a sugerir pistas, eventualmente erradas. Nunca se vai impunemente para cima de um palco."
IRÁ SER, "SEM EIRA NEM BEIRA " UMA ARMA DE ARREMESSO PARA AS POLÍTICAS DE SÓCRATES????
Será pela cantiga que "os" vamos aborrecer??? que as vozes lhes não doam...
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
(…)
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar/A enganar
O povo que acreditou
Excerto da letra
Sem eira nem beira, nova canção dos Xutos
terça-feira, 14 de abril de 2009
Regresso a Paulo Freire" sem pão, não poderá haver instrução"!
Só ontem à noite tive notícia da passagem dos agentes da governação pelas nossas escolas esvaziadas do seu verdadeiro miolo!
Tornou-se concerteza um pãozinho mole mais fácil de comer…
Tornou-se concerteza um pãozinho mole mais fácil de comer…
Quanto ás crianças a passar fome… elas sempre existiram nas nossas escolas!
Hoje está fortemente acentuada ,porque o leque de desemprego é absolutamente assustador! Mas leva-me a crer ,que está a atingir nìveis que a história me ensinou serem comuns em tempos de muito triste memória e que nós não queríamos de regresso...
São várias as razões que levam os pais a não alimentar conscientemente os filhos.
- a ausência de dinheiro no sentido amplo da carência
- as prioridades para o que desejam para as suas crianças e para si próprios, não passarem por alimentação simples , económico ,o que não traria efeitos devastadores para a saúde das mesmas se posta em prática… Mas isso são problemas sociais muito mais profundos que ainda estão por resolver!
Já nos anos 90, quando dava aulas num bairro histórico de Lisboa, as crianças tinham problemas graves de subnutrição, sobretudo as que estavam com as mães em casa…
Então nós, num jogo“faz de conta”, quando as crianças chegavam, com os nós dos dedos , batíamos-lhes na cabeça , cheirávamos, pois o cheiro do que tivessem comido, viria na nossa mão…. Era um momento mágico este o da adivinhação!
Ficavam surpreendidas… como é que as professorinhas “descobriam”…”um pacote de batatas fritas”.” um bolicau e uma coca-cola”…como refeição…
Claro, que o consolo máximo, era completar a refeição com as boas sandoscas e fruta que a boa Maria do Carmo arranjava, numa “multiplicação” milagrosa dos suplementos alimentares que a autarquia já na época oferecia `as crianças.
Este é só um pequeno apontamento , pois tantos há com fundamentações mais profundas de uma situação que eu não queria que continuasse a estigmatizar as crianças deste meu país! Algumas delas filhos de pais que foram meus alunos....
Que adultos aí virão?
segunda-feira, 13 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Hoje na TV!
Estas são três meninas romenas que escolhi para ficar a pensar naquilo que vi e vocês também, concerteza, na SIC,passado na Eslovénia!
Rapazes , rapazinhos, ciganos, a serem torturados, espancados pela polícia.
Humilhação máxima, rapazes a baterem noutroa rapazes... cães ameaçadores!! Todos caês de fila!
Veio-me à memória , uma professora primária que conheci e amiga da família, áliás ,foi professora da minha mãe, que quando eu na minha pré-adolescência a visitava , fazia a mesma coisa com os seus alunos rapazes, que ao quadro, quando falhavam ou bloqueavam por terror á professora, eram mandados bater por outros, e com a ameaça que se não fosse com força, levariam os dois!
A bestialidade humana faz parte da sua própria natureza, daí os eternos ódios que nenhuma época do ano aplaca.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
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