domingo, 31 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Bom fim de semana...
Quem sabe , uma ida à praia, à manifestação dos nossos professores se for caso disso, ou ao MUDE, novo Museu do Design... passei por lá hoje, e para aperitivo não está nada mau...
Passei por aquele espaço longos anos a fio, coisa de afectos...
Hoje , o miolo do antigo BNU , desventrado , não deixa de estar interessante para albergar as peças da colecção agora com outra visibilidade, um espaço de café rstaurante muito confortável e tranquilo aonde se pode ler , estar e conversar virado para a Praça do Comércio. O que resta, é o antigo balcão, aonde nos podemos recostar nas poses mais informais, para poder apreciar as peças expostas, algo que contraria a antiga funcionalidade da ex-instituição .
No fim , será um bom museu!
Façam por se sentir felizes e fiquem com Georges Moustaki... é bom!
Hoje, vamos até à cabeça...
A cabeça, é talvez a parte mais importante da anatomia humana, pois ela pode simbolizar a pessoa no seu todo e ,mantê-la na vertical , é uma perrogativa do ser humano... Lá vou eu fazer um pouco de história, regressando à Idade Média! Continua a dar jeito .. e não deixa de ser interessante!
Pois nessa época, foi instituida uma analogia entre as sete "cavidades" da cabeça e os sete planetas então conhecidos ,atribuindo assim à cabeça uma dimensão cósmica e universal: os olhos eram o Sol e a Lua, as narinas Vénus e Marte, a boca Saturno, e as orelhas Júpiter e Mercúrio. Daí os olhos não enganarem ou também o seu contrário...?
O Sol põe-se e levanta-se.
A Lua tem quatro fases e uma delas é mentirosa !...
Em que ficamos?
(alguma pesquisa no Guia das Artes)
quinta-feira, 28 de maio de 2009
125 anos... e muita vida!
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Hoje, é o coração ! Àmanhã, logo se vê.
É bom, porque dá jeito, recuar no tempo, e , pensar nas considerações sobre o coração...
Foi considerado por numerosas culturas, como o centro da vida, incluindo a intelectual, o coração é o órgão vital por excelência. Ele era muitas vezes tido como o palco das emoções e dos sentimentos humanos...
Para quase continuar a acreditar nesta teoria basta olhar para os poetas e olhar o nosso dia a dia : este é o simbolo que os que se amam ,continuam a usar para expressar os seus sentimentos...
Não vou contrariar António Damásio, eu , uma partícula da humanidade, mas que o coração dói, dói, sobretudo quando as emoções passam por lá....
Viagem rápida é o que lhes desejo!
Hoje, que o sol chegou... de repente fez-se escuro!
Depois do espectáculo... o poeminha
Depois do espectáculo televisivo de hoje à noite, qual filme de polícias e ladrões... apeteceu-me reproduzir Millôr.
Equinos do Mundo!
Cavalos, burros, asnos,
zebras, muares, potros;
amai-vos uns aos outros.
In Poemas, de Millor Fernandes
(para quem já aqui passou... desculpas sentidas por um erro que tinha e que pensava estar corrigido, isto da técnica de quando em vez atraiçoa... )
terça-feira, 26 de maio de 2009
"Por aqui sff..." de Pitecos
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Pequenas coisas...
domingo, 24 de maio de 2009
O Zéfiro e a Chuva - poema
Hoje, em Aveiro
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Vida de gaivota... gaivotando...
A verdade é esta - poema
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Hoje , Marc Chagall
Maternidade, 1913
in, Le Corps, anatomie et symboles
terça-feira, 19 de maio de 2009
A ter em conta!
Recordar Mário Benedetti, poema Vice-versa
necessidade de ver-te
esperança de ver-te
insipidezes de ver-te
tenho ganas de encontrar-te
preocupação de encontrar-te
certeza de encontrar-te
pobres dúvidas de encontrar-te
tenho urgência de ouvir-te
alegria de ouvir-te
boa sorte de ouvir-te
e temores de ouvir-te
ou seja
resumindo
estou danado
e radiante
talvez mais o primeiro
que o segundo
é também
vice-versa
[...Benedetti, grande poeta e romancista urguaio deixou o mundo domingo passado!
Ler mais sobre o mesmo no blogue Tempo das cerejas e no blogue de Saramago no lado direito, em baixo, deste blogue...
domingo, 17 de maio de 2009
Hoje, no Museu da Música Portuguesa, Verdades de Faria
No âmbito de uma pequena exposição, TOCADORES, HOMEM , TERRA, MÚSICA E CORDAS tem passado um ciclo de cinema documental muito interessante.
Hoje passou Turista aprendiz ,documentário realizado por Angélica del Nery. Apresenta a experiência de toda a viagem feita pelo grupo de musicos A BARCA, entre 2004 e 2005, e que mostra um Brasil desconhecido, onde a simplicidade se une ao virtuosismo, revelando grandes artistas, contextualizando o modo como as artes se inserem no quotidiano das comunidades a partir de cenas de festas populares e entrevistas surpreendentes, que tratam de temas intemporais como o amor, a guerra, a fé, o trabalho , a arte. Está disponível em video.
"Suncare... ",para o corpo e para a alma...
Pode parecer ... um pouco "rodriguinho", mas àsvezes é bom relembrar a verdade e o seu contrário... e escolher.
Como diz a minha mãe, -"cuidados e caldos de galinha , não fazem mal a ninguém..."Bom domingo!
sábado, 16 de maio de 2009
O mundo estava no rosto amado
O mundo estava no rosto amado
e logo converteu-se em nada, em
mundo fora do alcance, mundo além
Por que não o bebi quando o encontrei
No rosto amado, um mundo à mão ali
Aroma em minha boca, eu só seu rei?
Ah, eu bebi. Com que sede eu bebi
mas eu também estava pleno de
mundo e, bebendo, eu mesmo transbordei
De Rainer Maria Rilke, in Vida e Canções
"Rilke possui uma obra original, marcada pelo tratamento da forma e pelas imagens inesperadas. Celebra a união transcendental do mundo e do homem, numa espécie de “espaço cósmico interior”. Sua poesia provocava a reflexão existencialista e instigava os leitores a se defrontarem com questões próprias do desencantamento da primeira metade do século XX. Sua obra influenciou muitos autores e intelectuais em diversas partes do mundo."
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Bom fim de semana...
Gosto de alguns "escritos na pedra" que saem diàriamente no P2.
Andava há tempo para escrever um e que me foi oferecido pelo meu filho , quando há dois anos, depois de um brutal acidente, fiquei hospitalizada, e ,a ser operada a um braço , Coisa com estória longa!
O António, com o seu sentido de humor, por me ver privada de um prazer, que é bem comer, levou-me o escrito do dia do P2.
"Não podemos pensar bem, amar bem, dormir bem, se não tivermos jantado ."
Virgínia Woolf
Hoje.
"As nossas paixões sempre se justificam, quer dizer, sugerem-nos opiniões que ajudam a justificá-las."
Nicolas de Malebranche, filósofo francês
quinta-feira, 14 de maio de 2009
"Como falamos a democracia"?
Como falamos a democracia?
Os nacionalistas africanos não ficaram à espera que um vocabulárioapropriado nascesse nas línguas maternas dos seus países.
Mia Couto *
Na bela cidade de Durban, falávamos eu e outros escritores africanos da surpresa do modo como, no Zimbabwe, tantos ainda apoiam RobertMugabe. Havia, no grupo, escritores de vários países de África.Aproveitámos o que melhor há nas conferências literárias: os intervalos. A nossa perplexidade não se limitava ao caso zimbabweano.Como é que povos inteiros, em outras nações, se acomodaram perantedirigentes corruptos e venais. De onde nasce tanta resignação?Uma das razões dessa aceitação reside na forma como as línguas serelacionam com conceitos políticos da modernidade. Por exemplo, umzimbabweano rural designa os seus líderes nacionais como entidadesdivinizadas, fora das contingências da História e longe da vontade dos súbditos. O mesmo se passa em quase todas as línguas bantus.A questão pode ser assim formulada: como pensar a democracia numa língua em que não existe a palavra «democracia»? Num idioma em que«Presidente» se diz «Deus»? Nas línguas do Sul de Moçambique, o termo para designar o chefe de Estado é «hossi». Essa mesma palavra designa também as entidades divinas na forma dos espíritos dos antepassados,traduzindo uma sociedade em que não há separação da esfera religiosa.Parece uma questão de ordem linguística. Não é. Trata-se do modo como se organizam as percepções e as representações que uma sociedadeconstrói sobre si mesma. A sacralização do poder não pode casar com r egimes em que se supõe que os líderes são escolhidos por livre votação. Numa sociedade em que os súbditos se convertem em cidadãos.Esse assunto escapa muitas vezes a quem se especializou em organizar seminários sobre cidadania e modernidade em África. A problemáticapolítica é vista, quase sempre, na sua dimensão institucional,exterior à intimidade dos cidadãos. Quando o participante do seminário explicar à sua comunidade o conteúdo dos debates usará a sua língua materna. E sempre que se referir ao Presidente ele fará uso do termo«deus». Como pedir uma atitude de mudança nestas circunstâncias?O que se pode fazer? Será que os falantes destas línguas estão condenados à imobilidade por causa desta inércia linguística? Na realidade, existem tensões entre a lógica interna de algumas destas línguas e a dinâmica social. Estas tensões não são novas e sempre foram resolvidas a favor da adaptação criativa e da criação de futuro.Já no passado, as culturas africanas (e todas as outras em todos os continentes) tiveram que se moldar e se reajustar perante aquilo que surgia como novidade. Eu mesmo testemunhei o modo veloz como aslínguas moçambicanas se municiaram de instrumentos novos, roubando e apropriando-se de termos não próprios.Com o uso generalizado esses termos acabaram indigenizando-se. Semdrama linguístico, sem apoio de academias nem de acordos ortográficosos falantes dessas línguas «pediram» de empréstimo palavras de outros idiomas. Moçambique é, nesse domínio, um caldeirão dessas mestiçagens.Os nacionalistas africanos não ficaram à espera que um vocabulário apropriado nascesse nas línguas maternas dos seus países. Elescomeçaram a luta e essa mesma dinâmica contaminou (mesmo com uso determos e discursos inteiros em português) as restantes línguas locais.Tudo isto nos traz a convicção do seguinte: a capacidade de questionar o presente necessita de língua portadora de futuro. A necessidade de sermos do nosso tempo e do nosso mundo exige línguas abertas ao cosmopolitismo. África – tantas vezes pensada como morando no passado– já está vivendo no futuro no que respeita à condição linguística:quase todos africanos são multilingues.Essa disponibilidade é uma marca de modernidade vital. O destino da nossa espécie é que cada pessoa seja a humanidade toda inteira
Crónica de Mia Couto, escritor moçambicano, publicada na edição deAbril da revista África 21
terça-feira, 12 de maio de 2009
Lembrar Guerra Junqueiro, um pequeno delírio ...
E tu, (teu nome o atesta, ó bonzo), és uma delas.
Masella, escuta:
………….
Embaixador de quem? De Cristo? Não; do papa.
Quem é o papa?
Um Deus inventado à sucapa,
Um deus, para fazer o qual bastam apenas
Quatro coisas :- cardeais, papel, tinteiro e penas,
Deita-se numa saca uma lista qualquer,
Qualquer nome – Gregório. Ou Bórgia, ou Lacenaire,
Ou Papavoine – e pronto! Em dois minutos, fica
Manipulado um Deus autêntico, obra rica,
Tonsurado, sagrado,, infalível, divino…
Quer dizer, saiu Deus de uma bolsa do quino!
É um Deus por concurso, um deus feito por tretas,
E em cuja divindade ideal há favas pretas!
Apesar disso é Deus. Vai pousar-lhe no seio
O Espírito Santo, esse pombo correio
Da providência. É ele o redentor e o oráculo.
A humanidade vai adiante do seu báculo,
Soluçando, ululando, exausta, ensanguentada,
Pavoroso tropel de sombras pela estrada
Do destino fatal. O pensamento humano
É simplesmenete um cão sabujo e ultramontano,
Um cão vadio, um cão faminto, um cão impuro,
Que o papa recolheu de noite num monturo,
E a quem às vezes dá, com parcimónia bíblica,
A pitança dum Breve e o osso duma Encíclica.
Um papa é isto :- um juiz sem lei; omnipotente
Czar das consciências. Pode irremissivelmente
Chamuscá-las em fogo, ou torrá-las em brasas,
Ou fazer-lhes nascer das costas um par de asas.
O globo é para ele a bóia dum bilhar.
Domina os reis. O Trono é lacaio do Altar.
Seus templos são prisões e seus dogmas algemas.
Cingem-lhe a fronte augusta e nobre os três diademas,
E na potente mão, invencível harpéu,
Tem as chaves do inferno…e a gazúa do céu.
Excerto de Ao Núnc(io Massela, in A Velhice do Padre Eterno, de Guerra Junqueiro)
Lembranças...
O silêncio continua a existir... porque os holocaustos continuam no nosso dia a dia!
Um destes dias também silenciei , numa rua de Paris, ao ler o que se passou nesta escola...
Tentei imaginar tudo e todos! E, hoje estou aqui a lembrá-los.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Para os amigos do FCP
Canção com lágrimas e sol
um mês de morte e crescimento ó meu amigo
como um cristal partindo-se plangenteno
fundo da memória perturbada.
Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
e um coração poisado sobre a tua ausência
eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
em que os mortos amados batem à porta do poema.
Porque tu me disseste: quem me dera em Lisboa
quem me dera em Maio. Depois morreste
com Lisboa tão longe ó meu irmão de Maio
que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro.
[...]
Porque tu me disseste: quem me dera em Maio
porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol. Lisboa viúva (com lágrimas com lágrimas).
Lisboa à tua espera ó meu irmão tão breve.
Manuel Alegre, A Praça da Canção (excerto de poema)
domingo, 10 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
RTP Memória, aqui e agora!
Festa da Queima das Fitas ....
Vêm dormir para a praia, ressacar, plenos de cerveja e muito...sono! Insulações, não faltam e comas alcoólicos, também não!
Alguns já nem à praia chegam, ficam-se pelos jardins e relvados com algumas sombras... Na praia, parecem corvos!
Quando eu era criança e adolescente, para os "figueirinhas" sempre foi uma festa ver a chegada da estudantina à cidade , que se fazia de comboio , especial, a abarrotar e cuja irreverência os fazia vir no tejadilho dos comboios! Para mim eram super-homens ! Não estou a imaginar as raparigas a fazer isso!
Muito alcoól, também , mas a bebida oficial era o vinho! Havia uma imensa alegria e provocação.
Pontualmente fui à garraiada em "forma" de circo...
Hoje quando acontece estar pela Figueira, não acho a mesma piada, nem a tem, tão pouco!
E, quando JV me enviou a foto acrescentou," este é o futuro dos estudantes... continuar a dormir na praia"....
Não deixa de ter razão o seu humor negro.... com a crise e a falta de emprego!...
(vale a pena aumentar a foto)
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Mas que Primavera... de deuses!
Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim
Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim
in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"Vinícius de Moraes