domingo, 8 de novembro de 2009

Um bolero e boa semana...

Grande apoteóse com Fernando Lopes e "Os sorrisos do destino"...


Estoril Film Festival

Mais uma vez a sala do Pavilhão dos Congressos estava a abarrotar e desta até estávamos a jogar em casa...
Ante-estreia do filme de Fernando Lopes, OS SORRISOS DO DESTINO...

Não vou aqui fazer a sinopse pois sei que em breve o irão ter nas nossas salas de cinema, mas não nos deixámos de sentir comovidos ,perante este pequeno em estatura, mas grande em filmar, realizador, que na conversa com o público "embebido"nos seus "n"uisques, chorou e se sentiu feliz por estarmos todos ali de olhos nos olhos, com as nossas emoções vivas...."todos vivemos com telemóveis e amores virtuais, todos vós, aí na plateia sois cúmplices desta nova forma de comunicação. Eu não, pois nunca tive nem terei telemóvel..."..."separei-me da Maria João (Seixas), podia fazer um filme trágico, mas decidi fazer uma comédia, porque nem todas as despedidas são trágicas"..., aplausos, choros e risos.
Sobre o filme só deixo aqui o comentário escrito pelo realizador.
"Nesta Lisboa do séc.XXI em que ser moderno é sinónimo de dependência a novas tecnologias, quero um filme sobre relações virtuais e infidelidades electónicas, de acordo com o ar do tempo. Através de boleros que escoltam toda a narrativa do filme, conto uma história de intensos amores e profundos desamores que, como diria a Dolores Duan,
"é como se fosse uma canção de dor de corno".



Estoril Film Festival, ontem


O LAÇO BRANCO, de Michael Haneke, que todos o possam ver, é o que mais desejo. Ao longo do dia tem sido um exercício de memória pela força da estória e dos seus personagens.

"Numa aldeia protestante da Alemanha do Norte em véspera da primeira guerra mundial acidentes estranhos aconteceme, e gradualmente, assumem o carácter de uma punição ritual...."
Sala repleta...para mais , visionar em CATHARSIS

Bom domingo...


Paixão

O meu avô usou sempre
Os lápis
Até ao fim

Mesmo mesmo
Até ao fim
Quando já não havia lápis nenhum

Tudo
Porque em miúdo
Tinha sido obrigado
A escolhas difíceis e injustas

Quando a mãe lhe dizia
Queres um lápis ou uma banana
Agora escolhe

E ele escolhia
Roído de fome
O lápis

De Alice Vieira, Livro com cheiro a morango
que dia 25 de Novembbro vai estar na Biblioteca Municipal de Carnaxide, às 21 h30 no CAFÉ COM LETRAS