quarta-feira, 24 de agosto de 2011

100+12=112... E agora Maria?

a barca


“É uma coisa de madeira, está quebrada. Não sabe, nunca saberá, que a premeditaram e trabalharam homens de estirpe de Breno, que lançou sua espada de ferro (como reza a lenda) e disse as palavras " Vae Victis" , que também são de ferro. Sem dúvida teve centenas de irmãs, que agora são pó. Não sabe, nunca saberá, que singrou as águas do Ródano e do Arve e daquele grande mar de água doce que se expande no centro da Europa, Não sabe, nunca saberá, que singrou outro rio mais antigo e mais incessante do que qualquer outro rio e que se chama Tempo. Os gauleses a lavraram para essa longa viagem um século antes de César, e foi exumada em meados do século XIX na esquina de ruas da cidade, e, agora, sem sabê-lo, aparece a nossos olhos e a nosso assombro num museu que não fica longe da catedral onde João Calvino pregou a predestinação.”



In, atlas de Jorge luís borges com Maria kodoma



COMPANHIA DAS LETRAS






Casal a dançar , de Gabriele e Helmut Nothelfer





Disseram-me que Borges não gostava de tango, sobretudo de Gardel....
Mas ele adorava a Suíça.

Hoje, em Cascais, Aurea....