sábado, 31 de agosto de 2013

"o tempo esse escultor"... pelo castelo de Montemor-o Velho

 Um dos fascínios das ruínas é que sugerem ou revelam sempre a configuração do original ou, por outras palavras, a intenção.
No meio da maior devastação, temos a certeza de enconyrar pedaços isolados de pereição: um arco, um pilar, uma cúpula, um pedaço de pavimento. O trabalho de restauro não só dissipa o charme e o mistério como produz efeito, um simulacro, de rigor mortis. Nada parece o que foi. O tempo é mestre apaixonado da decomposição. A criação e a destruição são gémeas, como o foram o  amor e a justiça.

Excerto de um texto de Henry Miller, Viagem a uma terra Antiga

Um dos castelos mais bonitos do país, região centro, rodeado pelos campo de arroz do nosso querido Mondego, o que foi "o basófias"... pleno de sapais cujas incursões no inverno nos podem fazer imaginar verdadeiras tragédias gregas.
Montemor-o  Velho, o da lenda das duas arcas, o bem e o mal... 
É vir e retornar. De preferência em estações diferenciadas.