quinta-feira, 30 de abril de 2015
Um outro olhar ao vivo e a cores...
Exposicão de Arte contemporânea na Coleção de Sindika Dokolo, Galeria Municipal do Porto, Palácio de Cristal.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
sábado, 25 de abril de 2015
Felizes o que já nasceram em Liberdade. 25 de Abril , sempre.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Frederick William Flower, entre 1849-1859, negativo de um lugar “habitado” por pinheiros mansos, em Coimbrões, Vila Nova de Gaia: a qualidade artesanal da técnica, antecessora do processo fotográfico convencional, oferece um tom sinistro, irreal, nocturno.
Para breve , no Museu do Chiado. AQUI
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Neste dia Mundial do Livro
"Livro, quando te fecho, abro a vida"
Pablo Neruda
Fotografia do Almanaque, de Rogério Gonçalves Costa, SEM T´TULO
terça-feira, 21 de abril de 2015
um buraco, é sempre um buraco....
e, muitas vezes sem saída...
Houve tempo em que nos amores e nas paixões, se falava de forma espectacular. Com baba e ranho. Dava-se tudo. Saíamos rasgados de pele e coração. Valia sempre a pena, mesmo quando perdíamos o chão.
Os erros, as faltas, as vertigens, o pé à beira do abismo existiam para nos lembrarmos de que somos humanos. a regra era cair e levantar, prontos para outra depois de lutos intensos, sofridos, partilhados. Agora tudo isso existe sob a forma de prevenção. Para nos lembrarmos do que não devemos fazer, dos riscos que não devemos correr, contra o vírus da solidão.
Fomos ficando higienizados. Da alma à cama. Uma espécie de "se conduzir não beba" para evitar os males do coração. Como se pudéssemos dizer "se amar não se magoe".
Com o passar dos anos , aprendemos a contornar os sintomas a bem da decência, da pose, da anestesia geral ou local, conforme as necessidades. O importante é não dar parte de fracos.
O ciúme é uma coisa moderna, para ser compreendida.
A discussão acalorada está fora de moda.
A vingança é um prato que se não serve frio nem quente nas relações mais conceituadas. É coisa do povo, ementa de vidas de tasco, entre um tiro de caçadeira e um facalhão de meter respeito.
O civismo entrou definitivamente na nossa intimidade (?) para amansar os corpos, os gestos , as palavras. A postura é um fato pronto-a-vestir que usamos para entrar e sair das relações. Talvez até já nem se rasguem roupas quando chega a hora. O sentimento não ferve, a aprendizagem das loucuras que fizemos é renegada e a história do que fomos não tem disco duro porque a caixa de mensagens é mais prática e descartável. De resto. já não há cartas para guardar porque ninguém as escreve. Quem as leria, de resto, se tivessem mais de 140 caracteres?
Como num poema de Eugénio, já não há nada que nos peça água. E estamos como ela: insípidos, inodoros e incolores. Leves. Capazes de ir do tudo ao nada sem efusão de sangue. Deve andar a escapar-nos o momento em que deixamos de olhar a vida nos olhos e a desregrada infinidade de coisas que vinha junto com ela.
Houve tempo em que nos amores e nas paixões, se falava de forma espectacular. Com baba e ranho. Dava-se tudo. Saíamos rasgados de pele e coração. Valia sempre a pena, mesmo quando perdíamos o chão.
Os erros, as faltas, as vertigens, o pé à beira do abismo existiam para nos lembrarmos de que somos humanos. a regra era cair e levantar, prontos para outra depois de lutos intensos, sofridos, partilhados. Agora tudo isso existe sob a forma de prevenção. Para nos lembrarmos do que não devemos fazer, dos riscos que não devemos correr, contra o vírus da solidão.
Fomos ficando higienizados. Da alma à cama. Uma espécie de "se conduzir não beba" para evitar os males do coração. Como se pudéssemos dizer "se amar não se magoe".
Com o passar dos anos , aprendemos a contornar os sintomas a bem da decência, da pose, da anestesia geral ou local, conforme as necessidades. O importante é não dar parte de fracos.
O ciúme é uma coisa moderna, para ser compreendida.
A discussão acalorada está fora de moda.
A vingança é um prato que se não serve frio nem quente nas relações mais conceituadas. É coisa do povo, ementa de vidas de tasco, entre um tiro de caçadeira e um facalhão de meter respeito.
O civismo entrou definitivamente na nossa intimidade (?) para amansar os corpos, os gestos , as palavras. A postura é um fato pronto-a-vestir que usamos para entrar e sair das relações. Talvez até já nem se rasguem roupas quando chega a hora. O sentimento não ferve, a aprendizagem das loucuras que fizemos é renegada e a história do que fomos não tem disco duro porque a caixa de mensagens é mais prática e descartável. De resto. já não há cartas para guardar porque ninguém as escreve. Quem as leria, de resto, se tivessem mais de 140 caracteres?
Como num poema de Eugénio, já não há nada que nos peça água. E estamos como ela: insípidos, inodoros e incolores. Leves. Capazes de ir do tudo ao nada sem efusão de sangue. Deve andar a escapar-nos o momento em que deixamos de olhar a vida nos olhos e a desregrada infinidade de coisas que vinha junto com ela.
sábado, 18 de abril de 2015
bom fim de semana ..
sexta-feira, 17 de abril de 2015
as minhas descobertas...
Renoir |
In, OBVIOUS
terça-feira, 14 de abril de 2015
365 dias... uma eternidade
Um ano depois do rapto de Chibok, 200 jovens nigerianas continuam desaparecidas.
"não sei como resiste o que perdura"
Luís Amorim de Sousa, Coisas
"não sei como resiste o que perdura"
Luís Amorim de Sousa, Coisas
domingo, 12 de abril de 2015
mal-me-quer... bem-me-quer...
A minha filha perguntou-me
o que era para a vida inteira
e eu disse-lhe que era para sempre.
Ana Luísa Amaral, Silogismos
o que era para a vida inteira
e eu disse-lhe que era para sempre.
Ana Luísa Amaral, Silogismos
sábado, 11 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
as presidenciais... aos meus olhos...
quinta-feira, 9 de abril de 2015
também podia ser uma questão posta sobre o Portugal em que vivemos...entender-nos-emos?
(E quem não entender os meus
Versos, pergunte ao psiquiatra).
Vitorino Nemésio, Plágio?
As minhas fotos
Versos, pergunte ao psiquiatra).
Vitorino Nemésio, Plágio?
As minhas fotos
terça-feira, 7 de abril de 2015
segunda-feira, 6 de abril de 2015
"pascoelando"... numa tarde de abril de quase águas mil...
Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fim do mundo que me deste.
Nuno Júdice, Pedro, Lembrando Inês
Requiem...
Tributo aos estudantes barbaramente assassinados no Quénia.
Ontem forem eles. Amanhã podem ser os nossos.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
quinta-feira, 2 de abril de 2015
O tempo parou para Manuel de Oliveira.( 1908-2015)
E como é que faz essa distinção entre os bons e os maus realizadores?
O Rembrandt apresentou à sociedade o seu quadro A Ronda Nocturna e foi muito mal recebido. Detestaram-no. Ele ficou muito triste. Fez uma reflexão e junto dos seus alunos comentou e perguntou: “O militar tem o seu sucesso na vitória, o comerciante tem o seu sucesso nos lucros, mas o artista, onde é que ele vai buscar o seu sucesso?” É uma pergunta que não tem resposta. A arte, ou se gosta ou não se gosta, ou se entende ou não entende. Mas, de facto, há uma afirmação daquilo que é bom e daquilo que é mau através do tempo. É aquilo que resiste ao tempo.
(EM ENTREVISTA AO PÚBLICO, EXCERTO)
Lembrado AQUI
quarta-feira, 1 de abril de 2015
alma até Almada... o Negreiros ( a ortografia, senhores, era a vigente...)
O Echo
Tão tarde. Adão não vem? Aonde iria Adão?!
Talvez que fosse á caça; quer fazer surprezas com alguma côrça branca lá da floresta.
Era p'lo entardecer, e Eva já sentia cuidados por tantas demoras.
Foi chamar ao cimo dos rochedos, e uma voz de mulher tambem, tambem chamou Adão.
Teve mêdo: Mas julgando fantazia chamou de nôvo: Adão? E uma voz de mulher tambem, tambem chamou Adão.
Foi-se triste para a tenda.
Adão já tinha vindo e trouxera as settas todas, e a cáça era nenhuma!
E elle a saudá-la ameaçou-lhe um beijo e ella fugiu-lhe.
- Outra que não Ella chamára tambem por Elle.
Almada Negreiros, in 'Frisos - Revista Orpheu nº1', 1915
Talvez que fosse á caça; quer fazer surprezas com alguma côrça branca lá da floresta.
Era p'lo entardecer, e Eva já sentia cuidados por tantas demoras.
Foi chamar ao cimo dos rochedos, e uma voz de mulher tambem, tambem chamou Adão.
Teve mêdo: Mas julgando fantazia chamou de nôvo: Adão? E uma voz de mulher tambem, tambem chamou Adão.
Foi-se triste para a tenda.
Adão já tinha vindo e trouxera as settas todas, e a cáça era nenhuma!
E elle a saudá-la ameaçou-lhe um beijo e ella fugiu-lhe.
- Outra que não Ella chamára tambem por Elle.
Almada Negreiros, in 'Frisos - Revista Orpheu nº1', 1915
Respeitosamente a ortografia da época mantém-se.
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