sábado, 14 de fevereiro de 2015

com beijo e sem beijo, o amor acontece...

O Beijo

Congresso de gaivotas neste céu 
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo. 
Querela de aves, pios, escarcéu. 
Ainda palpitante voa um beijo. 

Donde teria vindo! (Não é meu...) 
De algum quarto perdido no desejo? 
De algum jovem amor que recebeu 
Mandado de captura ou de despejo? 

É uma ave estranha: colorida, 
Vai batendo como a própria vida, 
Um coração vermelho pelo ar. 

E é a força sem fim de duas bocas, 
De duas bocas que se juntam, loucas! 
De inveja as gaivotas a gritar... 

Poema de Alexandre O´ Neill
Dolorosos delírios amorosos entre Rodin e Camile Claudel


Partidas de S. Valentim...



Entre a ficção e a realidade , mas onde o real é a parte negra vivida entre as décadas de 60-70, com factos verdadeiros de um Portugal que já não existe , mas que foi bom relembrar na magistral narrativa de Miguel Real, do considerado "o último grande amor português", O ÚLTIMO MINUTO NA VIDA DE S. Lê-se num golpe de tempo.
Forma tocante de exprimir o desamor e o Amor que aconteceu com carácter de urgência. Foi curto. Os amantes morreram no auge da paixão.
Outras paixões vão morrendo ao longo da curtas ou longas vidas que se vão vivendo. 


Excertos do livro de Miguel Real,  O ÚLTIMO MINUTO NA VIDA DE S.
FOTOGRAFIA DE LEeN MILLER