quinta-feira, 31 de março de 2016

quarta-feira, 30 de março de 2016

segunda-feira, 28 de março de 2016

boa semana, divirtam-se com o que vos deixo, e dentro de momentos segue-se a Pascoela...

Estive agora a ver O EIXO DO MAL. Nem foi mau de todo. Mas o fim senhores, o fim,  um video metafórico, alusivo à carneirada humana que tem dificuldade em pensar por si,  delicioso,  dos Monty Phyton, que aqui vos deixo em episódios,  legendados, para irem vendo se for caso disso. "A VIDA DE BRIAN", AQUI

domingo, 27 de março de 2016

quinta-feira, 24 de março de 2016

“Páscoa molhada, chuva abençoada.”

Ovos Fabergé

Para os amigos que passam, um ovinho...
Para os que fazem da época uma festa ou umas férias, tudo de bom. 

pessoas e flores ... Bruxelas ainda

Cohen, Bruce, 2015

Ontem falei no cosmopolitismo de Bruxelas. Um das razoes do meu gosto pela cidade e país.
Mesmo nas cidades da Valónia, havia sempre gente, movimento e convívio.
Daí, não me ter espantado que entre os feridos e mortos , houvesse  pessoas de 40 nacionalidades diferentes..
Para mim Bruxelas, também eram flores. Na minha casa eram rainhas. As tulipas, claro.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Com Sena, saio de cena, neste Dia Mundial da Poesia . Há dias que calham mesmo bem...

Um Epílogo

Quando estes poemas parecerem velhos, 
e for risível a esperança deles: 
já foi atraiçoado então o mundo novo, 
ansiosamente esperado e conseguido 
- e são inevitáveis outros poemas novos, 
sinal da nova gravidez da Vida 
concebendo, alegre e aflita, mais um mundo novo, 
só perfeito e belo aos olhos de seus pais. 

E a Vida, prostituta ingénua, 
terá, por momentos, olhos maternais. 

Jorge de Sena, in 'Coroa da Terra' 

"E é de cultura que falamos. E é de cultura que o país precisa que sem ela não se vai a lado nenhum".... Dia Mundial da Poesia


21 de MARÇO - DIA MUNDIAL DA POESIA
Agradeço a todos os intelectuais, jornalistas, a todos os interessados de alguma maneira responsáveis pela divulgação dos nossos poetas, os mortos e os vivos. Agradeço tudo o que é feito de molde a manter essa lembrança, digna de todo o mérito, todo o empenho e eu diria, todo um orgulho em manter, revelar, espalhar, ensinar, elevar a poesia portuguesa, a actual e a anterior à actual.
CULPO E APONTO O MEU DEDO ACUSADOR a quem,por variadas razões se faz esquecido e omite e afasta e ignora e tapa e escurece e parece até que pretende que não tenham existido outros poetas e os deixem, ignominiosamente, ESQUECIDOS. Propositadamente esquecidos. Não são os pequenos meios que os esquecem, não! São os grandes meios de difusão, esses meios que, se quiserem, abrangem toda a gente.

Falo eu neste meu caso de ANTÓNIO GEDEÃO - 1906 - 1997.
Eu sei que António Gedeão é considerado um "poeta menor" por essas grandiloquentes e conhecedoras e avaliadoras cabeças, umas calvas de tanto pensar, outras meias calvas de tanto não pensar. Dá jeito, essa consideração. Ainda hoje li em jornais nomes de poetas que, de facto, considero irrecusáveis e, para mim, sempre presentes neste nosso tão frágil cenário literário. Apoio-os e conheço-os a todos. Aplaudo a sua obra com todas as minhas forças. Não aplaudo quem omite nomes importantíssimos, quem faz com que os mais novos nem sequer conheçam os desaparecidos e choro as minhas próprias lágrimas enraivecidas.

Isto não é cultural.
E é de cultura que falamos. E é de cultura que o país precisa que sem ela não se vai a lado nenhum. E é da cultura antiga e da cultura nova. Não é à custa de gostos pessoais - eu gosto deste e por isso destaco, eu não gosto deste e por isso não destaco.
Eu, como descendente deste poeta que mais não seja podia apenas ter escrito Pedra Filosofal e mais nada para ser UNIVERSAL, eu como descendente directa, neste caso, filha, e enquanto for viva revelá-lo-ei e espalharei as suas palavras aos quatro ventos.
E não só a Pedra Filosofal, ou a Calçada de Carriche, ou a Lágrima de Preta, ou a Fala do Homem Nascido, ou Aurora Boreal! Não! Há também outras centenas de poemas espalhados por vários livros, recorte e publicações variadas que NUNCA ninguém leu.
Para se saber sobre qualquer coisa, para se poder falar, debitar, orar, discursar, opinar, ou simplesmente parlapiar com os amigos é OBRIGATÓRIO conhecer-se mais do que a rama.
Eu, quando falo, falo do que conheço A FUNDO, profundamente. Jamais dou palpites e opiniões frágeis, simples, dessas que nem consistência têm e que, por conseguinte, nem vale a pena argumentar. 
O melhor é mesmo ficar calado quando não se conhece, mas ao menos, por consideração por uma das figuras culturais, científicas, intelectuais, uma das maiores e mais importantes figuras do século XX português, ao menos mencionar o nome de ANTÓNIO GEDEÃO, mencioná-lo ao de leve, de raspão, não ficaria mal a ninguém. Muito pelo contrário.

Lamento imenso tudo isto.
CRISTINA CARVALHO - 21 de Março de 2016
Recolhido no FB, mural de Cristina Carvalho

António Gedeão escreveu.
"Diz a minha mãe que eu comecei a fazer versos aos 5 anos e aos 10 tive a comoção de ver os primeiros impressos e públicos.
Escrever poemas foi sempre para mim um estado de angústia, um sofrimento autêntico. Amorteci todo esse sofrimento durante anos até ao dia em que por motivos dolorosos me desfiz dele por completo na ingénua presunção de que me atrapalhava. Sobre isso passaram vinte anos.
Após eles... tive trágica conversa comigo mesmo, a sós, e resolvi nascer de novo."
Carta a Jorge de Sena, de 29-12-1963

domingo, 20 de março de 2016

um polissílabo / pri-ma-ve-ra

"Campo de Papoilas" , Vincent Van Gogh



 ou a arte dos dias crescentes
sempre com papoilas, aos molhos ou em solidão..

sábado, 19 de março de 2016

19 de março, até ao fim dos meus dias...


Dia do Pai.

O dia do meu Pai continua a ser todos os dias.

 Frase afirmativa, ou não acabe ela num ponto final.
 Pertencia ao mundo dos homens de olhos castanhos  que são muito bons. Porque os há.
O pai Costa, era o rei dos homens e o seu amor por mim durou até há 20 anos atrás. Um amor gostoso e infinito que me persegue a cada dia que passa. 

Esta imagem tem 42 anos . A noiva e o pai da noiva. E, neste dia, ele depositou na minha mão 100 escudos , a chave da casa, e disse : - se algo correr mal , tens dinheiro para apanhar o comboio e a chave para abrires a porta da casa que será sempre a tua. 
Quando não deu certo, 100 escudos já era pouco para a viagem, mas aconteceu...
Saudades...



Fotografia tirada a 26 de novembro de 1973

quarta-feira, 16 de março de 2016

entre águas ," aguaceiros" e notícias tempestuosas vou caminhando...

Só a aprovação do OE2016 pelas esquerdas por enquanto unidas, e às quais não desejo o contrário, pois são as águas por onde me movo , fizeram brilhar os meus olhos. 
Faltou ver o meu neto Gabriel, senão seria brilho com lágrimas...

terça-feira, 15 de março de 2016

Quem não gosta de ser gostado, Nicolau Breyner ? Mas olha que os há.... Tristes. (1940-2016)

Devemos demorar algum tempo a apagar as fotografias que marcam momentos da nossa vida. Algumas, nem deveriam ficar tanto tempo no baú das recordações. Tornam-se esqueletos ou o seu contrario. A imagem pode ser sempre relativizada.
 Em relação a Nicolau Breyner e ao encontro de quinta feira na Casa das Histórias Paula Rego, onde ele participou como convidado do painel, para falar de DEMOCRACIA EM TELEVISÃO  e onde pouco falou,  fui precipitada.  Deletei mais rápido que o normal, segundo a minha natureza. Ora seria uma fotografia de grupo , recente e vivenciada por mim que eu poderia assinalar este momento que nos surpreendeu a todos.
Seria uma forma de o homenagear de perto. de dizer o que pensei e partilhei com quem estava comigo.  Achei-o abatido, não tinha o bom aspecto que por aí tenho ouvido dizer, estava visivelmente abatido e sem muita energia . Talvez estivesse cansado... Era noite.
Na assistência, estava Lili Caneças, que não é a loura burra que se pensa, mas 
que um dia disse :- estar vivo é o contrário de estar morto.
Bem podia ser uma piada de humor do inesquecível artista Nicolau.

 Não fui só eu a sentir NB menos bem. 

"Francisco Pinto Balsemão destacou logo a seguir o papel de Nicolau Breyner como apoiante do “projecto SIC” nos anos 1980. “Era um grande homem, um grande actor – de cinema, de teatro e de televisão, é preciso não esquecer –, um produtor, um criativo.” O fundador do grupo Impresa revelou ter estado com Nicolau Breyner na quinta-feira, tendo-o achado “um pouco triste, um pouco apático”. (Público de ontem)

Ver partir um artista , um criativo, é sempre emprestá-lo aos anjos . Se for um homem bom, como era o caso, ficam os anjos ainda mais ricos e os amigos na indigência afetiva.
E, tinha olhos castanhos....
 

sábado, 12 de março de 2016

sábado (feira) e bom fim de semana




Encontraram-se à entrada do mercado. Não se viam há muito. Olharam-se longamente e sem pestanejar. Quem passava deixava uma moeda. Aí,  ele aproveitava para lhe dizer algo e a fotografar e ela olhava-o dengosamente. ..

Ouvi-o dizer :-de pé ou sentada , a menina bem pode esperar...
O cão não suportou o desleixo do dono, caiu redondo no chão,  e adormeceu.

Quem vai à feira da vida , dá e leva.
 Quem vai à feira de Cascais para comprar as últimas gerberas, paga e traz.
Vida.

quinta-feira, 10 de março de 2016

o porque e o porquê

Pesquisas de trabalho. Deparei-me com estas imagens . E, não me perguntem porquê,  gostei tanto delas que as quero deixar neste meu bric-à-brac  de blogue de gostos e desgostos meus. 
É mais fácil explicar o desgosto do que o gosto. 
Eco, dar-me-ia uma ajuda...

terça-feira, 8 de março de 2016

8 de março de 2016

“O papel da mulher — que, em definitivo, é a mãe do homem — é importante no mundo, muito mais do que o do homem” Mercè Rodoreda (1908-1983), escritora espanhola



segunda-feira, 7 de março de 2016

olhares e sons

                                                       Eu amo tudo quanto vejo 

e não amo mais coisas porque não as vejo

Rui de Carvalho, Torre de Menagem

sexta-feira, 4 de março de 2016

quarta-feira, 2 de março de 2016

as solidões....

                                      De Ana Vieira, 1973, Espera à Janela

O que nos mata é a solidão povoada.

Jorge de Sena

terça-feira, 1 de março de 2016

“O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela” *


Ana Vieira, artista plástica, partiu. Não tão feliz com o mundo das artes , como deveria ter acontecido, mas o mundo da criação e o que o "rodeia" nem sempre estima e reconhece os seus melhores. 
. Ver AQUI

*Fernando Pessoa